Por definição, traje é um conjunto de vestes típicas de uma
região, província ou povo, que foi usado em determinada época, ou que é
privativo de uma certa classe. Um traje folclórico além disso é
manifestação espiritual, material e cultural do povo. Para se estudar o
traje de uma região é necessário considerar todos os fenômenos sociais,
pelos quais o povo desta região passou através dos tempos. Reflete-se na
indumentária dos indivíduos:
Com as crescentes atividades na área da dança folclórica alemã aumentou o interesse pelas tradições alemãs e especialmente por vestes adequadas para a atividade da dança. Com a tradição rompida há mais de 100 anos, muitos grupos e também a Blumenauer Volkstanzgruppe inicialmente recorreu ao gosto popular e criaram algo que era um “traje alemão” pelo gosto e entender do brasileiro. Só muitos anos mais tarde em 1998 se concretizou o plano de pesquisar e confecionar um traje mais autêntico possível. Em homenagem a família Rossmark, uma das famílias fundadores do CC 25 de julho, de origem da aldeia de Fröhstöckheim perto de Würzburg, escolheu-se o traje típico desta região. Assim criou-se uma relação entre o grupo e seu traje.
Em viagem para a Alemanha o casal Ziel pesquisou as peças e o feitio deste traje. E através do contato com a Trachtengruppe Geldersheim que presenteou o grupo com algumas peças originais, aprofundou-se o conhecimento sobre este traje.
Nós da Blumenauer Volkstanzgruppe vestimos a Schweinfurter Gautracht a qual é usada na região de Schweinfurt até perto de Würzburg, na baixa Francônia, norte da Baviera, sul da Alemanha. O nosso traje então é um traje popular, quer dizer, enraizado em uma certa região e época. Significa também que não era fantasia mas a roupa dos camponêses, que os diferenciava dos moradores das cidades.
Desde a idade média leis regulamentavam quais cores e materiais cada classe da população poderia vestir. Somente no início do século XVIII estas saíram de vigor e a roupa dos camponêses tornou-se mais pomposa e rica em materiais nobres como veludo, seda e passamanarias douradas.
Enquanto os homens desta região já desde 1850 começaram a deixar de usar o traje e se vestiram na maneira das cidades, o traje feminino se desenvolveu da forma antiga até a “forma nova de 1920”.
O desenvolvimento continuou até a moda das “Blusakläda” (vestido com blusa), a qual é usada em partes da população rural até hoje. Para estes ainda se aplica a denominação “traje vivo”, porque elas usam a veste própria para cada ocasião da vida. Seja no campo, na igreja, durante a semana, no culto dominical, nas altas festas e durante os tempos de luto. Esta diferenciação também é uma característica do traje típico. Não existe apenas o traje festivo e/ou traje de dança!
O nosso traje masculino é da época de 1850, quando os homens ainda usavam calça ¾ de cor amarela, colete vermelho e casacos azuis ou pretos curtos ou compridos e também o chapéu de três pontas enfeitado com adornos em cor prata ou dourado. Os sapatos eram de fivela ou bordados em gobelin. Graças ao casal Dörr de Würzburg - Alemanha, responsáveis pela manutenção dos trajes da região, foi possível reproduzir as peças históricas. Após 1850 os homens trocaram primeiro estas calças ¾ por calças compridas pretas “Röhrleshosen”, conhecidas desde a revolução francesa. Depois o casaco foi trocado pelo fraque e o chapéu de três pontas pelo cilindro. E assim se adequaram, até a virada do século 20, totalmente aos costumes da cidade. O fato que as mulheres continuavam a usar traje comprova-se atravéz de fotografias de casamentos da década 20, que monstam os homens com fraque e cilindro e as mulheres ainda com traje típico.
Do traje feminino usado na mesma época do nosso traje masculino, existem poucos exemplares preservados. Por isto o nosso grupo usa o traje da década de 20 do século passado que também representa o estado final do desenvolvimento deste traje. Após esta época também as mulheres começaram a vestir-se a modo da cidade e uma evolução natural do traje não aconteceu mais.
Este traje consiste em:
Mesmo buscando a maior autenticidade possível foi necessário fazer algumas adaptações na confecção do traje. Estas foram consequências das considerações iniciais. Sendo o clima do sul do Brasil muito mais quente do que o do norte da Baviera, buscamos substituir o tecido de lã por um tecido sintético mais leve, preservando no máximo a aparência. Substituição esta que também aumenta a durabilidade e facilita a manutenção, fato importante para um traje usado para dançar. Outras adaptações, no avental e no lenço, foram feitos por causa da inexistência de certos tecidos no mercado brasileiro. Apesar destas dificuldades tentou-se preservar sempre o aspecto orginal.
- a linha filosófica ditava a rigidez do traje tanto nas suas regras de feitio como de uso. Estes aspectos eram basicamente influenciados pela religião ou por regulamentações legais (Kleiderordnung);
- as condições econômicas restringiam a aquisição dos tecidos nobres, a quantidade de tecido usado, quantidade de botões ou outros adornos. O traje sempre foi um símbolo do status social de seu portador;
- fatos históricos como as invasões e a resistência dos povos na substituição de costumes introduzidos;
- a moda que, mesmo não sendo subjugado a mudanças com ciclos anuais, algumas peças com o tempo saem de uso e outras tomam seu lugar;
- distância e dificuldades de acesso aos mercados de importação;
- a tecnologia da época e os conhecimentos artesanais;
- adequação do traje às vivências, ao clima e às condições de trabalho.
- a região de proveniência
- a cidade/aldeia onde mora
- as condições econômicas atuais
- a posição social dentro da comunidade
- o estado civil (solteiro/a, casado/a, viúvo/a, viúvo/a e disposto a casar de novo)
- a condição de luto (Luto, meio-luto)
- o motivo das saída de casa (Visitar a igreja em altas festas, Culto dominical, Casamento, primeira Comunhão, Confirmação, Viagem, Trabalho, ...)
Com as crescentes atividades na área da dança folclórica alemã aumentou o interesse pelas tradições alemãs e especialmente por vestes adequadas para a atividade da dança. Com a tradição rompida há mais de 100 anos, muitos grupos e também a Blumenauer Volkstanzgruppe inicialmente recorreu ao gosto popular e criaram algo que era um “traje alemão” pelo gosto e entender do brasileiro. Só muitos anos mais tarde em 1998 se concretizou o plano de pesquisar e confecionar um traje mais autêntico possível. Em homenagem a família Rossmark, uma das famílias fundadores do CC 25 de julho, de origem da aldeia de Fröhstöckheim perto de Würzburg, escolheu-se o traje típico desta região. Assim criou-se uma relação entre o grupo e seu traje.
Em viagem para a Alemanha o casal Ziel pesquisou as peças e o feitio deste traje. E através do contato com a Trachtengruppe Geldersheim que presenteou o grupo com algumas peças originais, aprofundou-se o conhecimento sobre este traje.
Nós da Blumenauer Volkstanzgruppe vestimos a Schweinfurter Gautracht a qual é usada na região de Schweinfurt até perto de Würzburg, na baixa Francônia, norte da Baviera, sul da Alemanha. O nosso traje então é um traje popular, quer dizer, enraizado em uma certa região e época. Significa também que não era fantasia mas a roupa dos camponêses, que os diferenciava dos moradores das cidades.
Desde a idade média leis regulamentavam quais cores e materiais cada classe da população poderia vestir. Somente no início do século XVIII estas saíram de vigor e a roupa dos camponêses tornou-se mais pomposa e rica em materiais nobres como veludo, seda e passamanarias douradas.
Enquanto os homens desta região já desde 1850 começaram a deixar de usar o traje e se vestiram na maneira das cidades, o traje feminino se desenvolveu da forma antiga até a “forma nova de 1920”.
O desenvolvimento continuou até a moda das “Blusakläda” (vestido com blusa), a qual é usada em partes da população rural até hoje. Para estes ainda se aplica a denominação “traje vivo”, porque elas usam a veste própria para cada ocasião da vida. Seja no campo, na igreja, durante a semana, no culto dominical, nas altas festas e durante os tempos de luto. Esta diferenciação também é uma característica do traje típico. Não existe apenas o traje festivo e/ou traje de dança!
O nosso traje masculino é da época de 1850, quando os homens ainda usavam calça ¾ de cor amarela, colete vermelho e casacos azuis ou pretos curtos ou compridos e também o chapéu de três pontas enfeitado com adornos em cor prata ou dourado. Os sapatos eram de fivela ou bordados em gobelin. Graças ao casal Dörr de Würzburg - Alemanha, responsáveis pela manutenção dos trajes da região, foi possível reproduzir as peças históricas. Após 1850 os homens trocaram primeiro estas calças ¾ por calças compridas pretas “Röhrleshosen”, conhecidas desde a revolução francesa. Depois o casaco foi trocado pelo fraque e o chapéu de três pontas pelo cilindro. E assim se adequaram, até a virada do século 20, totalmente aos costumes da cidade. O fato que as mulheres continuavam a usar traje comprova-se atravéz de fotografias de casamentos da década 20, que monstam os homens com fraque e cilindro e as mulheres ainda com traje típico.
Do traje feminino usado na mesma época do nosso traje masculino, existem poucos exemplares preservados. Por isto o nosso grupo usa o traje da década de 20 do século passado que também representa o estado final do desenvolvimento deste traje. Após esta época também as mulheres começaram a vestir-se a modo da cidade e uma evolução natural do traje não aconteceu mais.
Este traje consiste em:
- “Körres”, casaco de seda escura enfeitado com bordados e passamanarias na cor do tecido;
- Colete de lã ou seda também ricamente bordado e enfeitado com passamanarias;
- Blusa branca de linho ou algodão;
- Saia larga com até 4,5 m de tecido, em preguinhas pequenas, enfeitado com fitas de veludo e barra interna de tecido de cor contrastante ou florido;
- Várias anáguas – de 2 a 4 - entre elas uma tipo acolchoado, que servia como armação;
- Avental de seda com flores, tecido na técnica jaquard, com laços de amarrar coloridos;
- Lenço de seda ou lã estampado com motivos florais e com fanjas compridas. Este lenço quadrado tem um metro e quarenta centímetros de lado e é cruzado na frente;
- Mulheres casadas usam um capéu cônico com fitas de tafetá ou um lenço de lã na cabeça. Moças solteiras usam fitas de veludo como adorno;
- Sapatos com tira e fivela ou também sapatos de tecido bordados.
Mesmo buscando a maior autenticidade possível foi necessário fazer algumas adaptações na confecção do traje. Estas foram consequências das considerações iniciais. Sendo o clima do sul do Brasil muito mais quente do que o do norte da Baviera, buscamos substituir o tecido de lã por um tecido sintético mais leve, preservando no máximo a aparência. Substituição esta que também aumenta a durabilidade e facilita a manutenção, fato importante para um traje usado para dançar. Outras adaptações, no avental e no lenço, foram feitos por causa da inexistência de certos tecidos no mercado brasileiro. Apesar destas dificuldades tentou-se preservar sempre o aspecto orginal.
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